A educação do futuro nas séries iniciais - Colégio PoliBrasil

A educação do futuro nas séries iniciais

 

A educação do futuro nas séries iniciais

 

FUTURO: “o que está por vir”

Num mundo de incertezas, mudanças e liquidez, o que menos podemos prever é aquilo que está por vir! Mas quando constatamos que educar é revelar o potencial que já existe em cada criança, nos damos conta de que o papel do educador será o de quem acolhe, media, provoca, acompanha! É preciso olhar para o ritmo da criança e oferecer oportunidades de exploração, propiciando que a criatividade e a imaginação sejam seus melhores mentores!

Ser criança é ter curiosidade, paixão pelas descobertas, é agir sem cautela, experimentar, conhecer. É olhar para além de si mesmo, do outro, dos objetos e então imaginar, fantasiar, se encantar e transformar. Essa é uma ideia que corrobora com a frase de Tomás de Aquino, escrita há sete séculos: “a admiração é o desejo de conhecimento”.

Há duas décadas temos proposto e trabalhado uma educação que prepare a criança para o inusitado, o aleatório. Que possam cultivar o aprendizado contínuo para buscar algum equilíbrio em um mundo em que nada está posto de forma definitiva ou determinado, e que demandará pessoas que possam se desenvolver para aprender sempre, sem amarras! Que tenham uma saudável percepção de si mesmas, pois é por meio do cuidado com o mundo interior que se pode cuidar bem também do universo externo.

De acordo com o sociólogo suíço Philippe Perrenoud, a escola não pode ser o lugar que prepara o aluno apenas para o ano seguinte. A escola precisa preparar para a vida e é nesta direção que temos proposto às escolas a temática Projeto de Vida e Atitude Empreendedora. De acordo com o autor da metodologia, o professor e psicoterapeuta Leo Fraiman, é assim que os saberes formam competências perenes e diferenciadas: quando falam da vida com vida. Quando o aluno percebe valor no que aprende e se sente mais motivado. Seu futuro?  Dependerá, em grande parte, daquilo que fizer no presente. Projeto de vida é para longo prazo e deve ser desenvolvido desde a Educação Infantil, em ambiente de experimentação e exploração, para que a criança possa exercitar seu protagonismo, perceber seus interesses e desinteresses, vivenciar papeis e fazer descobertas.

“As crianças não são o futuro porque um dia serão adultos, mas porque a humanidade vai se aproximar cada vez mais da criança, porque a infância é a imagem do futuro” Milan Kundera

Temos uma das mais desafiadoras missões: sensibilizar a sociedade para que a Educação valorize igualmente as habilidades cognitivas e não cognitivas e veja o aluno como ser histórico, que tem a sua história passada, vive no presente e consegue se preparar e imaginar um futuro onde as escolhas possam ser mais assertivas e conscientes.

É esse o nosso foco e propiciamos o autoconhecimento do aluno de diversas formas e por meio dos mais variados recursos. Uma delas é oferecer a ele possibilidades de identificação dele próprio com as personagens, ou aspectos das personagens de nossos livros, oportunizando que se sinta representado no material das aulas. Cada personagem traduz tipos psicológicos ou perfis de personalidade, os quais têm aspectos favoráveis e limitações, não havendo aquele que é o melhor ou o pior!  Personagens que têm desejos, sonhos e sentimentos também vivenciados pela criança, abrindo portas para que ela se expresse e manifeste no grupo.

Além da temática da descoberta dos sentimentos, são trabalhados temas como convivência, valores humanos, amizades, o cuidado de si e do outro, buscando conectar aquilo que sentimos, o que pensamos e as atitudes que adotamos. Todas as atividades propostas são também articuladas com os direitos de aprendizagem previstos na BNCC, alguns dos quais já citamos, mas a saber: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. Tanto os direitos de aprendizagem como os campos de experiências propostos na BNCC, visam justamente assegurar vivências fundamentais, que devem ser garantidas e estimuladas ao longo do desenvolvimento infantil.

A educação do futuro terá sim, muito provavelmente, nuances de mais personalização do ensino, bem como será híbrida e integral.

Como consequência surgirá um novo professor (mediador/facilitador), novos olhares e diversas tecnologias. Tudo leva a crer que o futuro seja o tempo do pensar, da argumentação, mão na massa, criatividade e empenho em resolução de problemas.

O futuro será….

FUTURO: “o que ainda não foi”,

FUTURO: “o intervalo de tempo que se inicia após o presente e não tem um fim definido.”

Ele começa agora a ser desenhado e com isso temos a chance de escolher se ficamos aguardando que ele seja construído por outros ou se pegamos a vida nas mãos e seguimos o percurso traçando o nosso destino, deixando-nos conduzir por aprendizados e por nossos velhos e bons sentimentos humanos!

O desafio está posto!

Texto: Silvana Pepe e Mariana Gonçalo

Metodologia OPEE

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