Educando as emoções: o caminho da felicidade e da paz começa dentro de nós
Que a nossa vida está cada vez mais acelerada, que o mundo anda agitado e que nossas relações andam bastante instáveis, tudo isso nós já sabemos.
O que nem sempre recordamos, porém, é da importância de rever os nossos hábitos e reorganizar os nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos de modo a nos dirigirmos a uma vida com sentido, uma vida que faça sentido. Não tem cabimento levarmos o nosso cotidiano como se fôssemos uma bola de bilhar, sujeitos à sorte dos desejos dos outros, das propagandas ou das infinitas notícias que nos visitam a todo momento.
Hoje em dia muitas pessoas vivem a vida tateando no escuro. Seguem simplesmente tocando o barco, sem saber onde estão ou para onde vão. Mas nós podemos viver melhor do que isso! Podemos dirigir a nossa vida rumo a uma busca de sentido em três aspectos: reaprender a sentir a vida, aquilo que alguns chamam de “pequenas coisas”, que na verdade são as coisas essenciais: sentir a água do banho, sentir o aroma do que comemos, sentir a presença do outro olhando em seus olhos e estando lá de verdade quando conversamos. As crianças fazem isso, quando estão felizes, tristes ou com raiva, quando estão brincando ou desenhando, estão 100% presentes e nós adultos sabemos o quanto temos que aprender com elas.
Nós adultos podemos pensar no sentido em termos do significado que damos às coisas: o outro buzinou, o carrinho do mercado esbarrou, algo escapou e não conseguimos realizar alguma coisa, tome cuidado, desacelere, converse com seu diálogo interno que, muitas vezes, sem perceber, já está lá novamente fazendo drama, se perdendo em pensamentos como “eu não aceito, não tolero”, “que absurdo”, “que ódio”.
É preciso cuidado com ideias do tipo “Hoje em dia ninguém mais é confiável…”, tudo isso são ilusões da mente e a mente às vezes mente. É preciso pilotar a nossa consciência, aprender a ressignificar pensamentos disfuncionais, limitados ou limitantes e buscar exercitar uma visão de mundo mais flexível e favorável. Afinal de contas, não existem “as mulheres”, “os homens”, “as pessoas”, “o povo brasileiro”, tudo isso são generalizações que nos fazem nos perder diante de nós mesmos ou da realidade.
A terceira percepção da palavra sentido pode ser associada com o destino. E se nosso destino for buscar construir uma vida mais feliz? Essa é a nossa proposta, é o nosso convite! E uma boa ferramenta para a construção e para a lapidação de nossa mente em busca da felicidade autêntica, é justamente a prática da presença. O mindfulness, ou seja, a presença da mente plena, atenta, consciente, íntegra e inteira pode fazer uma verdadeira mágica em nossa experiência de mundo. Estudos científicos mostram que se dedicarmos alguns minutos a esta prática ao longo do dia, poderemos mudar muito nosso estilo e qualidade de vida, além de melhorar também nossos resultados para as coisas mais importantes.
Veja no quadro a seguir algumas dicas que poderão ser colocadas em prática imediatamente. Apesar de não precisar acreditar em nada disso, é importante levar em conta que hoje a ciência nos mostra que a experiência de uma vida boa, eficaz e feliz que queremos, muitas vezes está mais perto de nós do que imaginamos. Às vezes um simples ajuste pode mudar tudo para melhor!
Boa sorte! Sucesso e felicidade! Ela está aí dentro de você, pedindo para ser visitada. Topa o convite?
Texto: Leo Fraiman | Fotos: Visionmakers