Nos tempos atuais, crianças e jovens interagem com o mundo de maneira completamente diferente de seus pais e avós. Eles são conectados, acessam o celular, tablet e outras tecnologias sem dificuldades. Assistem a diversos vídeos ao mesmo tempo, mudam o canal da TV, voltam para o programa anterior e estão com a mente plugada 24 horas ao dia. Eles são sedentos de conhecimento imediato, rápido, interativo e interessante.
Considerando esse perfil de alunos, crianças e adolescentes do século 21, como extrair o melhor deles dentro da dinâmica tradicional de uma sala de aula? Professor, lousa, aulas expositivas, num método passivo, cujo docente é o protagonista da educação? Parece impossível? Sim, é muito difícil mesmo!
Distante do método tradicional, o método ativo, adotado pelo Colégio PoliBrasil, caminha ao lado do aluno do século 21, no apoio às práticas para uma aprendizagem eficiente. Em outras palavras: os professores transformam-se em facilitadores, explorando um conjunto de experiências de aprendizagem mais colaborativas e personalizadas – identificando e trabalhando as habilidades individuais de cada aluno, que passa a ocupar o centro da aprendizagem.
“Esse formato inclui uma somatória de estratégias didáticas, que incluem incentivo a experimentação, pesquisa, desafio intelectual, descoberta, solução de problemas e projetos interdisciplinares. Essas estratégias respeitam as diferenças e o ritmo de aprendizagem de cada aluno, cujo objetivo é o trabalho por meio da afetividade e do senso cooperativo”, detalha Fernanda Andreello, vice-diretora do Colégio PoliBrasil.
Para isso, o Colégio PoliBrasil estruturou espaços, materiais e estratégias de ensino e aprendizagem que fazem com que o aluno sinta prazer em aprender, sendo ativo no processo ensino-aprendizagem e que sua capacidade intelectual seja constantemente exercitada por meio da curiosidade, ludicidade, investigação, reflexão, análise crítica, imaginação, criatividade, autonomia moral e intelectual nas dimensões individual e coletiva.
“O método ativo faz com que o aluno adquira mais autonomia, desenvolva a autoconfiança e enxergue o aprendizado como algo prazeroso, natural e tranquilo. Com isso, ele se torna apto a resolver problemas e se prepara para os desafios da vida adulta”, completa Fernanda.
Segundo a vice-diretora, foi um grande desafio aplicar os sistemas ativos ao ensino fundamental I e II do Colégio PoliBrasil. “Não é fácil inovar na educação, pois, para se trabalhar com metodologias ativas, é fundamental romper estruturas engessadas de ensino, repensar os sistemas arcaicos e, muitas vezes, ineficientes. Essas mudanças impactam, especialmente, o papel do docente, tornando-o muito mais que um transmissor de conteúdo, mas, um mediador do conhecimento. ”
As metodologias ativas de ensino, além de melhorarem a qualidade da aprendizagem, motivam os alunos a serem mais participativos nas aulas, impulsionando seu desempenho, interesse e capacidade de assimilar o conhecimento. “Elas têm o objetivo de transformar as salas de aula em experiências vivas de aprendizagem, motivando os alunos, os tornando mais criativos e autônomos”, enfatizou Fernanda.
A própria BNCC (Base Nacional Comum Curricular) alterou, em 2017, seu conjunto de aprendizagens essenciais e indispensáveis a que todos os estudantes têm direito de adquirir e devem desenvolver ao longo da vida escolar, por meio do desenvolvimento de competências. As competências citadas no documento dizem respeito à formação de cidadãos mais críticos, com a capacidade de aprender a aprender, de resolver problemas, de ter autonomia para a tomada de decisões, cidadãos que sejam capazes de trabalhar em equipe, respeitar o outro, o pluralismo de ideias, que tenham a capacidade de argumentar e defender seu ponto de vista.